Didgeridoo
Faz uns 5 anos que eu ganhei de aniversário um didgeridoo (instrumento de sopro).
Esse amigo que me presenteou fez uma pesquisa inovadora sobre o instrumento, e defendeu uma tese em 2008. Esse estudo passou a ser referência mundial sobre o assunto, sendo o único do gênero.
Eu o convidei para fazer uma oficina aqui na escola, e foi um sucesso.
Eu por minha vez, finalmente aprendi a tocar aquele instrumento exótico, que antes apenas ornamentava o canto da parede da minha casa.
As pessoas perguntavam:
- O que é isso? E eu respondia orgulhoso do meu badulaque, “isso é um didgeridoo”,
- O que? Respondia minha visita, eu novamente dizia didgeridoo.
Geralmente a pessoa não entendia nem uma terceira vez, não importava o quanto eu repetisse, mesmo falando pausadamente d-i-d-g-e-r-i-d-u-u-u. E a pessoa invariavelmente falava ziriguidum?
Pois é, passei a chamá-lo carinhosamente assim. Tanto que algumas pessoas me ligavam dizendo que queriam fazer o curso de... d-digueri... d-di-geriu... e eu interrompia falando ziriguidum? E a pessoa quase sempre falava isso! Isso mesmo!
Pois bem, o que é isso?
O didgeridoo foi criado, segundo estudos arqueológicos baseados em pinturas rupestres, a pelo menos mil e quinhentos anos, pelos aborígenes australianos. É um aerofone, ou seja, um instrumento onde o som é produzido pela reverberação do ar causado pela trepidação labial e por outros sons executados pelo instrumentista.
Do que ele é feito?
Um legítimo didgeridoo é confeccionado tradicionalmente por comunidades do norte da Austrália usando troncos duros, principalmente de eucaliptos, árvore abundante naquela região. Às vezes são empregadas espécies nativas de bambu. O instrumento ganha forma nas mãos dos artífices que constroem o didgeridoo aproveitando troncos que foram esburacados por cupins. Selecionam o galho, removem a casca e adornam as extremidades. Nesse ponto ele é pintado, e adiciona-se cera de abelha ao bocal do instrumento. Didgeridoos também são feitos a partir de tubos tipo PVC. Estes geralmente têm um diâmetro entre 4 e 5 cm e um comprimento que corresponde ao tom desejado.
Tocando o didgeridoo
O didgeridoo é tocado com a ininterrupta vibração dos lábios para produzir o característico zumbido, enquanto é empregado um procedimento especial de sopro chamado respiração circular. E consiste na respiração através do nariz enquanto que, ao mesmo tempo, a expiração deve ser feita pela boca usando a língua e as bochechas. Para quem dominou a técnica ele pode tocar a mesma nota infinitamente e pelo tempo que desejar.
Benefícios para a saúde
Em 2005, um estudo do British Medical Journal (Jornal Médico Britânico) descobriu que aprender e praticar o Didgeridoo, ajudou a reduzir o ronco e apnéia do sono, assim como o tempo necessário para o descanso. Isto parece funcionar devido ao fortalecimento dos músculos da via aérea superior, diminuindo a tendência de distúrbios durante o sono.
Outro estudo realizado no Brasil em 2008, por uma dupla de estudantes universitários da UAM, no curso de Naturologia, Manfred Richter (o meu amigo que me presenteou e que estará ministrando a oficina) e Fábio Simões Cardoso, comprovou diversos efeitos terapêuticos do Didgeridoo. O foco principal era a redução da ansiedade, mas junto a isso demonstrou-se também uma melhora na qualidade de vida, redução à vulnerabilidade ao estresse e melhora da respiração com indícios de combate ao tabagismo (indicado por fumantes que participaram do estudo).
Separei alguns dos melhores vídeos com didgeridoo, ao menos são os que eu mais gosto.
Andre De Rose
Deu vontade de fazer o curso? Clique AQUI.
Lies under tree
Lyon
Beat boxing com Didgeridoo
Primitive Reason - didgeridoo jam ao vivo
Funk Phenomena -2 serious- live Didgeridoo
Olá Visitante! Se é novo aqui no site, talvez queira subscrever a nossa RSS feed (no topo da página) ou a newsletter (do lado esquerdo) para atualizações diárias.