FESTA JUNINA YOGI

17/07/2010 01:09


Pessoar
Speramo ocêis!

Festa Julina Dançante...

Qué ir numa festa da boa sô? Pois se junti à nóis, faz um pratim de doce ou sargado (veg), compra uma bebidinha (refri ou suco) e vem cá nus vê.

 

Apareça pra nóis dançá coladin e cumê uns quitutinhos, sô!

 

- VAMBORA RALÁ O MIO?
- VAMO SIM! NÃO PERCO ESSA FESTA POR NADA!

 Beijo no coração de todos e inté lá!

 

Vai ter:
- Festa Julina
- Roupinhas típicas - Xadrezinho, florzinhas, saiotas coloridas
- Correio Elegante

- Gincana
- musica caipira (até onde a paciência agüentar);
- fogueira de verdade;
- correio do amor, correio elegante;
- comidas típicas adaptadas ao cardápio vegetariano;
- prisão;
- jogos de barracas.

 

 Você, DJ, leve seu case ou pendrive

 

Esse ano faremos no estilo traga o que vai comer, será uma festa mais simples para reunir os amigos!

E para garantir a comida, o serviço e a faxina, *R$ 20,00* de cada um é o suficiente.

ANOTA AÍ:

 

17 de julho de 2010

 

Espaço de Yoga Pequena Índia
Rua Livreiro Tisi, 114
Tel. 3812-7371

De 20:00 até meia-noite depois se houver pique faremos um Yoga lounge

 

IMPORTANTE:
CONFIRME SUA PRESENÇA!

 

 

 

Como tudo começou?

 

Eu adoro festa junina. Alias adoooro festa! No ano de 2000 resolvi fazer algumas festas na escola que montei a Associação de Yoga. Hoje sob a direção da professora Ana Borella. A ideia era mostrar para as pessoas que fazem Yoga, que não precisamos esquecer nossas tradições nem nossa cultura quando começamos a praticar Yoga. Com um clima muito gostoso adaptamos as principais comidas, para se aproximar daquilo que fazemos e dos ideais que professamos. Então tudo aquilo que fazemos, é pensado para ter uma consciência ecológica, ética animal e uma boa dose de ensinamentos, visando transportar da forma mais viável para o dia-a-dia, nossos ideais.

 

ORIGEM DA QUADRILHA

 

Também chamada de quadrilha caipira ou de quadrilha matuta, é muito comum nas festas juninas. Consta de diversas evoluções em pares e é aberta pelo noivo e pela noiva, pois a quadrilha representa o grande baile do casamento que hipoteticamente se realizou.

Esse tipo de dança (quadrille) surgiu em Paris no século XVIII, tendo como origem a contredanse française, que por sua vez é uma adaptação da country danse inglesa, segundo os estudos de Maria Amália Giffoni.

A quadrilha foi introduzida no Brasil durante a Regência e fez bastante sucesso nos salões brasileiros do século XIX, principalmente no Rio de Janeiro, sede da Corte. Depois desceu as escadarias do palácio e caiu no gosto do povo, que modificou suas evoluções básicas e introduziu outras, alterando inclusive a música.

A sanfona, o triângulo e a zabumba são os instrumentos musicais que em geral acompanham a quadrilha. Também são comuns a viola e o violão. Nossos compositores deram um colorido brasileiro à sua música e hoje uma das canções preferidas para dançar a quadrilha é "Festa na roça", de Mario Zan.

O marcador, ou "marcante", da quadrilha desempenha papel fundamental, pois é ele que dá a voz de comando em francês não muito correto misturado com o português e dirige as evoluções da dança. Hoje, dança-se a quadrilha apenas nas festas juninas e em comemorações festivas no meio rural, onde apareceram outras danças dela derivadas, como a quadrilha caipira, no estado de São Paulo, o baile sifilítico, na Bahia e em Goiás, a saruê (combina passos da quadrilha com outros de danças nacionais rurais e sua marcação mistura francês e português), no Brasil Central, e a mana-chica (quadrilha sapateada) em Campos, no Rio de Janeiro.

A quadrilha é mais comum no Brasil sertanejo e caipira, mas também é dançada em outras regiões de maneira muito própria, caso de Belém do Pará, onde há mistura com outras danças regionais. Ali, há o comando do marcador e durante a evolução da quadrilha dança-se o carimbó, o xote, o siriá e o lundum, sempre com os trajes típicos.

 

TRAJES USADOS NA DANÇA

No fim do século XIX as damas que dançavam a quadrilha usavam vestidos até os pés, sem muita roda, no estilo blusão, com gola alta, cintura marcada, mangas "presunto" e botinas de salto abotoadas do lado. Os cavalheiros vestiam paletó até o joelho, com três botões, colete, calças estreitas, camisa de colarinho duro, gravata de laço e botinas.

Hoje em dia, na tradição rural brasileira, o vestuário típico das festas juninas não difere do de outras festas: homens e mulheres usam suas melhores roupas. Nos centros urbanos, há uma interpretação do vestuário caipira ou sertanejo baseada no hábito de confeccionar roupas femininas com tecido de chita florido e as masculinas com tecidos de algodão listrados e escuros. Assim, as roupas usadas para dançar a quadrilha variam conforme as características culturais de cada região do país.

Os trajes mais comuns são: para os cavalheiros, camisa de estampa xadrez, com imitação de remendos na calça e na camisa, chapéu de palha, talvez um lenço no pescoço e botas de cano; as damas geralmente usam vestidos com estampas florais, de cores fortes, com babados e rendas, mangas bufantes e laçarotes no cabelo ou chapéu de palha.

 

CORREIO DO AMOR, CORREIO ELEGANTE

Também temos um Correio do Amor, onde você pode mandar um recadinho para quem está a fim e se dar bem no São João.

COMIDAS

Canjica, quentão, cachorro quente, milho, pé de moleque, Maria mole, batata assada, maçã do amor.

 

PRISÃO

Tem que pagar prenda com ásanas.

 

BANDEIRINHAS

Toda a festa junina tem que ter as bandeirinhas né?

 

FOGUEIRA

A fogueira é o mais tradicional item da festa, vamos assar batatas!!!

 

JOGOS DE BARRACAS

 

ACERTAR O ALVO: cada jogador recebe três bolinhas e, de certa distância, procura jogá-las dentro da boca de um grande caipira, desenhado em cartolina. Em algumas regiões, um palhaço substitui o caipira no cartaz.

JOGO DAS ARGOLAS: colocam-se várias garrafas estrategicamente no centro de uma barraca. Cada jogador recebe determinado número de argolas e tenta encaixá-las nas garrafas.

PESCARIA: num tanque de areia, colocam-se peixinhos feitos de lata ou papelão. Cada um tem na boca uma argolinha, que deverá ser enganchada pelo anzol do pescador, ou jogador. Cada peixinho tem um número que corresponde a uma prenda.

BARRACA DO BEIJO: numa barraquinha, vende-se beijos para os participantes.

 

Uma das festas juninas feitas pelo professor André. 

 

 

 

 

REPRESENTAÇÃO DO CASAMENTO CAIPIRA / YOGI

PERSONAGENS: padre Maha Linga Swámi (brâmane com sotaque estrangeiro), coroinha (pújári), noiva, noivo, delegado (kshatriya), ajudantes do delegado (kshatriyas), pais da noiva e padrinhos.

CENÁRIO: representação de um altar de templo indiano.

Os convidados estão posicionados em duas fileiras, deixando o centro para a noiva. O padre anuncia a chegada da noiva, que entra com o pai e vai até o altar, onde estão o padre, devidamente paramentado, seu coroinha e os padrinhos e pais dos noivos. Os personagens, carregando bastante no sotaque interiorano, dizem o seguinte:

PADRE (com sotaque estrangeiro): A noivo tá chegano! Vamo batê parrma parra ela, pessoaL!!! Cadê o noifa???

NOIVA: Ai, mãe, ele num vem, acho que vou dismaiá... (E, simulando um desmaio, é acudida pela mãe e pela madrinha).
O pai da noiva faz um sinal para o delegado e cochicha com ele.

DELEGADO: Peraí, seu padre, eu já vô buscá ele. (Sai acompanhado por dois ajudantes, armados de espada e cassetetes).
Entra o noivo empurrado pelo delegado, que permanece no altar, grande parte da cerimônia, atrás do noivo, para que ele não fuja.

NOIVA: Mas ondi é qui se tava que se tava Pedrinho???

NOIVO: Tava meditando sô.

CONVIDADOS: OM, OM, OM, OM, OM, OM, OM, OM, OM, OM...

PADRE: êrmáos estamos reunidas neste pirroquia para realissar esta cassamento

PADRE: Bõ, vamo comêça logo esse cassório. Ocê, Maria do Rego, prromete, de coraçõn, pra marido toda vida o Pedrrinho Grrande?

NOIVA: Mas óia que pregunta isquisita seu vigário faz pra mim. Eu vim aqui mais o Pedrinho num foi pra dizê que sim???

PADRE: E ocê, Pedrrinho, que me ôlha assim tão prosa, quê messmo parra sua espossa a sinhá Marria do Rego?

NOIVO: Num havia de querê, num é essa minha pinião, mas, se não caso com a Maria, vô direto pru caixão... (Vira-se para o delegado, que está com a espada em punho.)

PADRE: Entôn...

CONVIDADOS: OOOOMMmmm...

PADRE: Entôn...

CONVIDADOS: OOOOMMmmm...

PADRE: SSShhhh!...

PADRE: como eu dissia, em nome da crravo e da manjerricõn, casso a Maria do Rego com o Pedrinho Grande!

PADRE: A partir de agora a dona Maria do Rego passa a se chamar... Dona Maria do Rego Grande, seu pedrinho pôdi bejá o noifa. E viva os noifoooooos!

CONVIDADOS: Viva!!! (Conforme os noivos passam pelos convidados, pode-se jogar arroz.)

PADRE: E vamo pro baile, pessoar!!!

Com os convidados já devidamente formados, tem início a quadrilha - o grande baile do casamento.

 

SUGESTÕES PARA A EVOLUÇÃO DA QUADRILHA CAIPIRA

CAMINHO DA FESTA: os pares seguem atrás dos noivos, iniciando a dança e parando em determinado momento no centro terreiro.

ANARRIÊ (do francês en arrière, para trás): as damas e os cavalheiros se separam (4 metros, aproximadamente), formando duas colunas.

OS CAVALHEIROS CUMPRIMENTAM AS DAMAS: eles se aproximam das damas, cumprimentando-as. Flexionam o tronco, mantendo a cabeça erguida, e voltam a seus lugares, caminhando de costas.

AS DAMAS CUMPRIMENTAM OS CAVALHEIROS: repetem a evolução dos cavalheiros.

SAUDAÇÃO GERAL: tanto as damas como os cavalheiros andam para frente e, quando se encontram, cumprimentam-se.

"BALANCÊ" E "TUR" (balanceio e giro): damas e cavalheiros fazem o passo no lugar, balançando os braços naturalmente, e giram dançando juntos.

GRANDE PASSEIO: as damas colocam-se à direita dos cavalheiros e os dois dão-se os braços. Do lado de fora o outro braço continua balanceando ao longo do corpo. Formam um círculo e seguem dançando. Quando o marcador anuncia nova evolução, a progressão cessa e os participantes fazem o que foi ordenado.

"CHANGÊ" DE DAMAS (trocar de damas): no grande passeio, os cavalheiros avançam e colocam-se ao lado da dama imediatamente à frente. Se for dito "mais uma vez", repetem o movimento. Os comandos "passar duas" e "passar quatro" também são executados pelo cavalheiro.

OLHA O TÚNEL: os noivos, que estão na frente, param e elevam os braços internos para cima e, de mãos dadas, fazem o túnel. O segundo par flexiona o tronco, passa pelo túnel, coloca-se à frente dos noivos e eleva os braços, e assim sucessivamente, até que todos passem. Executa-se o passo no lugar durante essa evolução.

SEGUE O PASSEIO: é a voz de comando para que o grande passeio continue.

CAMINHO DA ROÇA: as fileiras de damas e cavalheiros fundem-se, formando uma só coluna. O primeiro segura, com as mãos à altura dos ombros, as mãos de quem está atrás. Os demais colocam as mãos nos ombros de quem está à sua frente. A coluna progride, fazendo curvas para um lado e para outro, como se fosse uma serpente. O marcador da quadrilha continua dando voz de comando.

OLHA A CHUVA!: todos dão meia-volta.

JÁ PASSOU!: todos dão meia volta novamente dizendo "ehh!".

OLHA A COBRA (naja)!: as damas gritam e pulam, os cavalheiros procuram segurá-las em seus braços.

É MENTIRA!: os "caipiras" ou " matutos" continuam o passo e gritam “uhh! olha o satya”!

A PONTE QUEBROU!: todos dão meia-volta novamente.

JÁ CONSERTOU!: voltam a dançar no outro sentido.

OLHA O CARACOL!: em coluna e com as mãos ainda sobre os ombros de quem está à frente, todos obedecem às ordens do marcador, que começará a descrever um percurso cheio de curvas que fazem lembrar o casco de um caracol. Quando o marcador disser " desvirar", o guia deverá fazer as curvas em sentido contrário, voltando a dançar em linha reta.

FORMAR A GRANDE RODA: os participantes da quadrilha dão as mãos formando uma grande roda e, ao ouvir a voz de comando "à direita", "à esquerda", deverão se deslocar no sentido determinado pelo marcador.

DAMAS AO CENTRO: as damas formam uma roda no centro e deslocam-se no sentido indicado pelo marcador.

COROA DE LÓTUS: os cavalheiros, de mãos dadas, erguem os braços na vertical sobre a cabeça das damas, como se as coroassem, depois abaixam os braços passando-os pela frente, até a altura da cintura??, contornando-as. Fazem o passo no lugar durante a coroação. Depois podem deslocar-se "à direita" e "à esquerda".

COROA DE ESPINHOS: nesse momento, são as damas quem elevam os braços sobre a cabeça dos cavalheiros, coroando-os.

OLHA O GRANDE PASSEIO!: repetem a formação descrita anteriormente.

VAI COMEÇAR O GRANDE BAILE. OLHA A VALSA DOS NOIVOS!: os noivos entram no centro da roda e dançam juntos.

OLHA OS PADRINHOS!: os padrinhos dançam no centro da roda.

BAILE GERAL!: todos os pares dançam no centro da roda.

O GRANDE BAILE ESTÁ ACABANDO. VAMOS NOS DESPEDIR DO PESSOAL!: todos executam a evolução do grande baile e se retiram do centro do terreiro, despedindo-se das pessoas que estão assistindo.